terça-feira, 30 de setembro de 2014

"NO SÉCULO ERRADO" - DILMA NA ONU. NA CONTRAMÃO DE UM MUNDO CRESCENTEMENTE INTOLERANTE COM O TERROR


Em duas entrevistas coletivas concedidas em Nova York, após o discurso de abertura da Assembléia-Geral da ONU, a presidente Dilma Roussef criticou os ataques liderados pelos Estados Unidos, com o apoio de quase todos os governos do Oriente Médio, contra posições e campos de treinamento de terroristas na Síria.

Na primeira entrevista, por não citar o grupo terrorista Isis, a presidente brasileira passou a impressão apenas de profundo desconhecimento do tema.

Na segunda entrevista, a presidente Dilma mostrou que sabe a diferença entre o governo de Damasco e o Isis, que até o Al Qaeda do falecido Osama Bin Laden considera muito violento e radical e que nenhum país do Oriente Médio reconhece com interlocutor.

A presidente Dilma tropeço na realidade, mas se levantou e seguiu em frente como se nada tivesse acontecido, sugerindo “diálogo” com os terroristas e “lamentando os bombardeios” a seus campos de treinamento.

Enquanto isso, as pessoas com a responsabilidade de conter terroristas, que torturam, degolam, escravizam e estupram como método de dominação, trataram de agir, não prestando a menor atenção na fala da presidente brasileira.

No mesmo dia, à tarde, o Conselho de Segurança da ONU, aprovou por unanimidade uma resolução determinando a todos os países-membros, entre eles o Brasil, que tomem medidas contra o Isis, prevenindo “o recrutamento, a organização, o transporte e a equipagem de indivíduos que viajam para outro país que não seja o de sua residência ou nacionalidade com o propósito de perpetrar, planejar ou participar de atos terroristas”.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Barack Obama, o menos belicoso presidente da história dos EUA, que retirou as tropas americanas do Iraque e do Afeganistão, reconhecendo o grau de perigo que o Isis representa para o mundo disse ” A única língua que assassinos entendem é a força.”
A nostalgia dos tempos da Guerra Fria, quase sempre foi garantia de sucesso apresentar-se diante da Assembléia-Geral da ONU com um discurso antiamericano ou revolucionário. Em 1964, Che Guevara foi aplaudido de pé depois de, cinicamente, confirmar as suspeitas que o regime de Fidel Castro executava sumariamente os adversários do regime: “Fuzilamentos, sim, temos fuzilado…e vamos continuar fuzilando enquanto for necessário.”

Hoje as questões internacionais são muito mais complexas e o mundo é crescentemente intolerante com grupos que tentam impor suas ideias pelo terror. Alguém deveria alertar o Itamaraty.
Isso evitaria colocar a presidente da República no lugar certo, mas no século errado.


http://primenewsblog.wordpress.com/2014/09/27/no-seculo-errado/

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