O RETRATO DA DECADÊNCIA
Quem vê aí nessa imagem
Esse pária em decadência
Vencido pela demência
E à beira da podridão
Nem parece o charlatão
Amante de avião moderno
Enfiado dentro de um termo
Forradinho de mutreta
Que arrepiava até o capeta
Nas profundezas do inferno!
É um contumaz mentiroso
Que engole tudo o que diz
Arrastou esse país
Para uma terra sem lei
Aliou-se a Collor, Sarney...
A quem tanto combatia
Com sua mente doentia
Negou até o Mensalão
Com nove dedos na mão
Assassinou a verdade
E decretou a impunidade
A bandidos de estimação.
Maior medo desse cabra
É um dia ser investigado
Ter seus podres revirados
Cabo a rabo de sua vida
Com a teta quase perdida
Nem dorme de apavorado
Caso seja desmamado
Dessa vaquinha tetuda
Vai ser um deus nos acuda
Com noites longas e frias
Pois há de findar seu dias
Numa cela da Papuda!
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Autor: Alamir Longo
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