O poder não corrompe o homem, é o homem quem corrompe o poder
O texto faz uma reflexão sobre o poder e o homem. Há verdades a dizer: o poder não corrompe o homem, é o homem quem corrompe o poder. Aqui o ser humano é o grande poluidor da vida. O poder não é perigoso. Perigoso é seu exercício por homens imperfeitos, egoístas, vítimas de apoteose mental ou do culto à personalidade. São os burros carregados das relíquias, da fábula de La Fontaine. Presumem que as zumbaias são para si, não para as relíquias. Espantam-se e se lamuriam quando ao acabar o mando, acaba o incenso!
A civilização se traduz pela longa e fascinante história da libertação do homem. A liberdade é o roteiro da civilização. Logo, toda invenção é triunfo da libertação humana. Com a roda o homem começou a libertar-se do espaço e do tempo; com a agricultura, do nomadismo e da fome; com a medicina, da doença; com a casa, a roupa e o fogo, das intempéries, do frio e das feras; com a escola, da ignorância; com a sociedade, da solidão; com a Imprensa, o Rádio e a Televisão, da desinformação; com a Democracia, dos tiranos.
Relembradas conquistas históricas, vê-se, na atualidade, a guerra, a cobiça, a tragédia humana a manchar o mundo de sangue. As peças principais da democracia são manipuladas: poder original do povo, delegação, periodicidade, tripartição, condomínio de competências, vigilância e alternativa de poder.
Nessa leitura, muitas vezes, os olhos se inundam d’água, quando o ser humano maltrata o outro, perde a sensibilidade, a humanidade, a civilidade, a ética, o respeito ao outro. Inaceitável, por exemplo, a divisão, em Rio Branco, entre “gente do bem” e “gente do mal”. Não se tem mais a cidade pacata de antes. Como conviver, harmonicamente, o “bem” e o “mal”? É preciso acabar com tal divisão, os povos, as gentes são amazônicas!
No cenário do “bem” contra o “mal”, os exemplos históricos apontam o destino dos déspotas, dos “poderosos” e também dizem da tragédia que causaram ao meio social onde viviam. E os fatos se repetem, os mesmos erros, enganos, figurinos de pessoas disfarçados de legisladores, pregadores, governantes, governados, políticos, professores, todos a cometer injustiças,com grande desenvoltura, contra o bem-comum, o progresso social, o desenvolvimento regional.
Há uma tese entusiástica a dizer que "todo o poder vem do povo". Então, como desprezar e aturdir esse mesmo povo, tirando-lhe trabalho, segurança, oportunidade educacional, condições de habitação, saúde, lazer? Como podem, os comandantes da nação, viverem de costas para o povo, com indiferença e soberba, cuidando, apenas, dos interesses pessoais, enquanto as famílias não têm vida digna?
É preocupante o cenário que alimenta o “poder” no Brasil e esmaga os seus “servos”. É uma realidade condenável, não apenas pelas ações em si, mas pela covardia em aniquilar brasileiros, tornando-os impotentes, frente à política neoliberal, que atua como um furacão, demolindo até os sonhos do país. Esquecem-se os poderosos que mais importante do que a quantidade de bens que eles acumulam, há um bem maior: a qualidade de vida que os governos proporcionam ao povo. Esse é o legado que guardará a história.
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