Urariano Mota
AlXaman - 21/10/2011
Zezito de Oliveira - 19/10/2011
Letícia de Queiroz - 19/10/2011
Terezinha Gonzaga - 19/10/2011
Rogerio Chaves - 18/10/2011
anibal jr - 18/10/2011
Ruy Mauricio de Lima e Silva Neto - 18/10/2011
Mauro Julio Vieira - 18/10/2011
Jorge Pereira Filho - 18/10/2011
Ricardo Carvalho - 18/10/2011
Fátima - 18/10/2011
José Carlos - 18/10/2011
Adrico Mora - 18/10/2011
Júlio Garcia - 18/10/2011
Ivo Bogdan - 18/10/2011
anibal jr - 18/10/2011
Alice Rabelo Casasanta - 17/10/2011
Júlio Garcia - 17/10/2011
Marcos - 17/10/2011
Nota da Redação: O programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, entrevista nesta segunda, às 22 horas, o ex-militar José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, ex-participante de um motim na Marinha, nos anos 60, que, após um período de exílio em Cuba, voltou para o Brasil, foi preso e delatou perseguidos políticos ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS. A lista de denunciados incluiu sua companheira, Soledad Viedma, que acabou torturada e morta pela ditadura. A TV Cultura escolheu o Cabo Anselmo como entrevistado para marcar a estreia de Mario Sergio Conti, ex-diretor da Veja e atual diretor de redação da revista Piauí, na condução do programa.
A escolha se dá justo no momento em que se discute no Brasil a instalação da Comissão da Verdade, que enfrenta muita resistência de setores que insistem em manter na penumbra fatos ocorridos em um dos períodos mais tenebrosos da história do Brasil. Publicamos a seguir um artigo do escritor Urariano Mota, autor de um livro sobre Soledad Viedma.
********************************
Em 1970, de volta ao Brasil, Anselmo foi preso pela ditadura militar. Em troca da liberdade, delatou perseguidos políticos ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops. A lista de denuciados incluía sua namorada, Soledad Viedma, que acabou morta devido à tortura.
Quem lê “Soledad no Recife” pergunta sempre qual a natureza da minha relação com Soledad Barrett Viedma, a bela guerreira que foi mulher do Cabo Anselmo. Eu sempre respondo que não fomos amantes, que não fomos namorados. Mas que a amo, de um modo apaixonado e definitivo, enquanto vida eu tiver. Então os leitores voltam, até mesmo a editora do livro, da Boitempo: “mas você não a conheceu?”. E lhes digo, sim, eu a conheci, depois da sua morte. E explico, ou tento explicar.
Quem foi, quem é Soledad Barrett Viedma? Qual a sua força e drama, que a maioria dos brasileiros desconhece? De modo claro e curto, ela foi a mulher do Cabo Anselmo, que ele entregou a Fleury em 1973. Sem remorso e sem dor, o Cabo Anselmo a entregou grávida para a execução. Com mais cinco militantes contra a ditadura, no que se convencionou chamar “O massacre da granja São Bento”. Essa execução coletiva é o ponto. No entanto, por mais eloquente, essa coisa vil não diz tudo. E tudo é, ou quase tudo.
Entre os assassinados existem pessoas inimagináveis a qualquer escritor de ficção. Pauline Philipe Reichstul, presa aos chutes como um cão danado, a ponto de se urinar e sangrar em público, teve anos depois o irmão, Henri Philipe, como presidente da Petrobras. Jarbas Pereira Marques, vendedor em uma livraria do Recife, arriscou e entregou a própria vida para não sacrificar a da sua mulher, grávida, com o “bucho pela boca”. Apesar de apavorado, por saber que Fleury e Anselmo estavam à sua procura, ele se negou a fugir, para que não fossem em cima da companheira, muito frágil, conforme ele dizia. Que escritor épico seria capaz de espelhar tal grandeza?
E Soledad Barrett Viedma não cabe em um parêntese. Ela é o centro, a pessoa que grita, o ponto de apoio de Arquimedes para esses crimes. Ainda que não fosse bela, de uma beleza de causar espanto vestida até em roupas rústicas no treinamento da guerrilha em Cuba; ainda que não houvesse transtornado o poeta Mario Benedetti; ainda que não fosse a socialista marcada a navalha aos 17 anos em Montevidéu, por se negar a gritar Viva Hitler; ainda que não fosse neta do escritor Rafael Barrett, um clássico, fundador da literatura paraguaia; ainda assim... ainda assim o quê?
Soledad é a pessoa que aponta para o espião José Anselmo dos Santos e lhe dá a sentença: “Até o fim dos teus dias estás condenado, canalha. Aqui e além deste século”. Porque olhem só como sofre um coração. Para recuperar a vida de Soledad, para cantar o amor a esta combatente de quatro povos, tive que mergulhar e procurar entender a face do homem, quero dizer, a face do indivíduo que lhe desferiu o golpe da infâmia. Tive que procurar dele a maior proximidade possível, estudá-lo, procurar entendê-lo, e dele posso dizer enfim: o Cabo Anselmo é um personagem que não existe igual, na altura de covardia e frieza, em toda a literatura de espionagem. Isso quer dizer: ele superou os agentes duplos, capazes sempre de crimes realizados com perícia e serenidade. Mas para todos eles há um limite: os espiões não chegam à traição da própria carne, da mulher com quem se envolvem e do futuro filho. Se duvidam da perversão, acompanhem o depoimento de Alípio Freire, escritor e jornalista, ex-preso político:
“É impressionante o informe do senhor Anselmo sobre aquele grupo de militantes - é um documento que foi encontrado no Dops do Paraná. É algo absolutamente inimaginável e que, de tão diferente de todas as ignomínias que conhecemos, nos faltam palavras exatas para nos referirmos ao assunto.
Depois de descrever e informar sobre cada um dos cinco outros camaradas que seriam assassinados, referindo-se a Soledad (sobre a qual dá o histórico de família, etc.), o que ele diz é mais ou menos o seguinte:
‘É verdade que estou REALMENTE ENVOLVIDO pessoalmente com ela e, nesse caso, SE FOR POSSÍVEL, gostaria que não fosse aplicada a solução final’.
Ao longo da minha vida e desde muito cedo aprendi a metabolizar (sem perder a ternura, jamais) as tragédias. Mas fiquei durante umas três semanas acordando à noite, pensando e tentando entender esse abismo, essa voragem”.
Esse crime contra Soledad Barrett Viedma é o caso mais eloquente da guerra suja da ditadura no Brasil. Vocês entendem agora por que o livro é uma ficção que todo o mundo lê como uma relato apaixonado. Não seria possível recriar Soledad de outra maneira. No título, lá em cima, escrevi Soledad, a mulher do Cabo Anselmo. Melhor seria ter escrito, Soledad, a mulher de todos os jovens brasileiros. Ou Soledad, a mulher que apredemos a amar.
(*) Urariano Mota, 59 anos, é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Os corações futuristas (Recife, Bagaço, 1997), um romance de formação, que se passa sob a ditadura de Emílio Garrastazu Médici (1969–1974), e de Soledad no Recife (São Paulo, Boitempo, 2009).
A escolha se dá justo no momento em que se discute no Brasil a instalação da Comissão da Verdade, que enfrenta muita resistência de setores que insistem em manter na penumbra fatos ocorridos em um dos períodos mais tenebrosos da história do Brasil. Publicamos a seguir um artigo do escritor Urariano Mota, autor de um livro sobre Soledad Viedma.
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Em 1970, de volta ao Brasil, Anselmo foi preso pela ditadura militar. Em troca da liberdade, delatou perseguidos políticos ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops. A lista de denuciados incluía sua namorada, Soledad Viedma, que acabou morta devido à tortura.
Quem lê “Soledad no Recife” pergunta sempre qual a natureza da minha relação com Soledad Barrett Viedma, a bela guerreira que foi mulher do Cabo Anselmo. Eu sempre respondo que não fomos amantes, que não fomos namorados. Mas que a amo, de um modo apaixonado e definitivo, enquanto vida eu tiver. Então os leitores voltam, até mesmo a editora do livro, da Boitempo: “mas você não a conheceu?”. E lhes digo, sim, eu a conheci, depois da sua morte. E explico, ou tento explicar.
Quem foi, quem é Soledad Barrett Viedma? Qual a sua força e drama, que a maioria dos brasileiros desconhece? De modo claro e curto, ela foi a mulher do Cabo Anselmo, que ele entregou a Fleury em 1973. Sem remorso e sem dor, o Cabo Anselmo a entregou grávida para a execução. Com mais cinco militantes contra a ditadura, no que se convencionou chamar “O massacre da granja São Bento”. Essa execução coletiva é o ponto. No entanto, por mais eloquente, essa coisa vil não diz tudo. E tudo é, ou quase tudo.
Entre os assassinados existem pessoas inimagináveis a qualquer escritor de ficção. Pauline Philipe Reichstul, presa aos chutes como um cão danado, a ponto de se urinar e sangrar em público, teve anos depois o irmão, Henri Philipe, como presidente da Petrobras. Jarbas Pereira Marques, vendedor em uma livraria do Recife, arriscou e entregou a própria vida para não sacrificar a da sua mulher, grávida, com o “bucho pela boca”. Apesar de apavorado, por saber que Fleury e Anselmo estavam à sua procura, ele se negou a fugir, para que não fossem em cima da companheira, muito frágil, conforme ele dizia. Que escritor épico seria capaz de espelhar tal grandeza?
E Soledad Barrett Viedma não cabe em um parêntese. Ela é o centro, a pessoa que grita, o ponto de apoio de Arquimedes para esses crimes. Ainda que não fosse bela, de uma beleza de causar espanto vestida até em roupas rústicas no treinamento da guerrilha em Cuba; ainda que não houvesse transtornado o poeta Mario Benedetti; ainda que não fosse a socialista marcada a navalha aos 17 anos em Montevidéu, por se negar a gritar Viva Hitler; ainda que não fosse neta do escritor Rafael Barrett, um clássico, fundador da literatura paraguaia; ainda assim... ainda assim o quê?
Soledad é a pessoa que aponta para o espião José Anselmo dos Santos e lhe dá a sentença: “Até o fim dos teus dias estás condenado, canalha. Aqui e além deste século”. Porque olhem só como sofre um coração. Para recuperar a vida de Soledad, para cantar o amor a esta combatente de quatro povos, tive que mergulhar e procurar entender a face do homem, quero dizer, a face do indivíduo que lhe desferiu o golpe da infâmia. Tive que procurar dele a maior proximidade possível, estudá-lo, procurar entendê-lo, e dele posso dizer enfim: o Cabo Anselmo é um personagem que não existe igual, na altura de covardia e frieza, em toda a literatura de espionagem. Isso quer dizer: ele superou os agentes duplos, capazes sempre de crimes realizados com perícia e serenidade. Mas para todos eles há um limite: os espiões não chegam à traição da própria carne, da mulher com quem se envolvem e do futuro filho. Se duvidam da perversão, acompanhem o depoimento de Alípio Freire, escritor e jornalista, ex-preso político:
“É impressionante o informe do senhor Anselmo sobre aquele grupo de militantes - é um documento que foi encontrado no Dops do Paraná. É algo absolutamente inimaginável e que, de tão diferente de todas as ignomínias que conhecemos, nos faltam palavras exatas para nos referirmos ao assunto.
Depois de descrever e informar sobre cada um dos cinco outros camaradas que seriam assassinados, referindo-se a Soledad (sobre a qual dá o histórico de família, etc.), o que ele diz é mais ou menos o seguinte:
‘É verdade que estou REALMENTE ENVOLVIDO pessoalmente com ela e, nesse caso, SE FOR POSSÍVEL, gostaria que não fosse aplicada a solução final’.
Ao longo da minha vida e desde muito cedo aprendi a metabolizar (sem perder a ternura, jamais) as tragédias. Mas fiquei durante umas três semanas acordando à noite, pensando e tentando entender esse abismo, essa voragem”.
Esse crime contra Soledad Barrett Viedma é o caso mais eloquente da guerra suja da ditadura no Brasil. Vocês entendem agora por que o livro é uma ficção que todo o mundo lê como uma relato apaixonado. Não seria possível recriar Soledad de outra maneira. No título, lá em cima, escrevi Soledad, a mulher do Cabo Anselmo. Melhor seria ter escrito, Soledad, a mulher de todos os jovens brasileiros. Ou Soledad, a mulher que apredemos a amar.
(*) Urariano Mota, 59 anos, é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Os corações futuristas (Recife, Bagaço, 1997), um romance de formação, que se passa sob a ditadura de Emílio Garrastazu Médici (1969–1974), e de Soledad no Recife (São Paulo, Boitempo, 2009).
20 ComentáriosInsira o seu Comentário !
AlXaman - 21/10/2011
Se esse psicopata dorme, faço questão de ser insone! Monstros dessa estirpe, infelizmente, continuam a ser produzidos pelo nosso modo de produção da economia - e economia é algo muito maior que "mercado", diz respeito à produção e à reprodução da própria vida humana na história. Amigos e amigas, não tenhamos dúvida, enquanto houver capital e sociedade dividida em classes, esses crápulas não cessarão de brotar. Essa constatação, no entanto, tão somente aumenta minha vontade de lutar - vontade essa que, ao contrário do esperado, aumenta com a idade. Também acho que quem merece uma entrevista coletiva em rede nacional não é esse facínora, e sim os familiares e amigos de todos os que tombaram na luta, com honra e dignidade.
Zezito de Oliveira - 19/10/2011
*Com reverência à todos e à todas que ousaram lutar por um mundo melhor em uma época em que sonhar e lutar por isso, significou a perda de muitas vidas, seja de forma completa ou parcial.* *Salve Soledad, Salve Iara Iavelberg (companheira do bravo Lamarca) e todos os heróis e heroínas que contribuíram com suas vidas para as conquistas que alcançamos.* *Salve também nossa querida presidente Dilma Roussef e a todas as mulheres que acreditaram e lutaram por este sonho e continuam lutando ao nosso lado.* *Porque o sonho e a luta nunca acabam!
Letícia de Queiroz - 19/10/2011
Não se consegue conter as lagrimas de revolta e frustração diante de tanta frieza.CABO ANSELMO(livre):que ser abominavel! Como qualifica-lo? covarde, traídor...Até os animais defendem suas crias e ele.... (todos sabem...) . Assisti a entrevista do RODA VIVA, é incrivel NEGATIVIDADE que ele transmite. Disse:"... "minha familía me considera pelo carinho, respeito e trabalho...durmo e vivo em paz!" É INCRIVEL seu cinismo.Em seguida confirma(ao entrevistador) que realmente "as COISAS (OS ATOS) não estão resolvidos" (emocionalmente). Insencivel como é até acredito que durma em paz como afirmou. Quem não dorme são as pessoas que se se sentem indignados diante de tanta sordidez. Pelas SOLEDAD'S , por todos os companheiros humilhados e desaparececidos e por todas as lácrimas derramadas... LUTEMOS PELA APROVAÇÃO DA COMISSÃO DA VERDADE!! Para os "temerosos"esclarecemos: NÃO É REVANCHISMO E JUSTIÇA!!! Mataram os lideres de nossa geração! Nossos jovens tem o direito de conhecer a história! Abrir arquivos, fazer justiça! É o que se quer, A SOCIEDADE EXIGE! ...e"QUEM NÃO DEVE NÃO TEME!"
Terezinha Gonzaga - 19/10/2011
Eu que sempre vejo este programa Roda viva , e sou do Coletivo de Mulheres pela Verdade e Justiça fiquei estarrecida da TV Cultura proporcionar tanto prestígio a um torturador e que defendeu os torturadores. Isto é jogar na lata do lixo os 25 anos de Roda Viva. É revoltante. E as e os familiares dos desparecidos. E os familiares de Soledad e as e os que não delataram não vão ao Roda Viva?
Rogerio Chaves - 18/10/2011
Anselmo é um cachorro. Coleira posta pela ditadura e pela direita para farejar, perseguir e apontar homens e mulheres que lutavam em favor do povo. Cachorro sarnento, desprezível, deformado pela dor que imputou a tantas vítimas que nem sequer sabe ao certo quantas foram. Cachorro treinado para avançar sobre lutadores do bom combate. Desejo a punição dos que seguraram e ainda seguram as coleiras de cachorros feito esse sujeito, desprovido de qualquer graça.
anibal jr - 18/10/2011
Esse relato me fez chorar e sentir muita raiva,quase vacilando no princípio que tenho, contrário ao"olho por olho, dente por dente". No mínimo o Cabo Anselmo deve ser enquadrado como torturador e se é que tem, perder qualquer anistia e soldo.
Ruy Mauricio de Lima e Silva Neto - 18/10/2011
Um verdadeiro crápula, este Anselmo.Sem dúvida foi um dos grandes responsáveis por sairmos da Legalidade em 64 e atravessarmos 21 anos de trevas,sem falar nestes 26 últimos onde ainda não nos encontramos e tem ainda muito entulho daquela fase asquerosa a bloquear nossos passos. Mas não tem nada que ficar enchendo a bola deste canalha,chamando-o para Roda Viva (a não ser que fosse uma Roda Viva de Fuzilamento,que ele mais que merece).Já está mais que caracterizada sua calhordice,covardia e traição à Legalidade e à Nação.Por que não chamaram alguém da família de Soledad que com certeza vem atravessando todo este período sem espaço para ser ouvida?
Mauro Julio Vieira - 18/10/2011
Assisti a entrevista no Roda Viva e depois, meditando, constatei que, vocês não vão acreditar, mas ainda tem gente que acredita nele e em Fidel também ......Isto em pleno século XXI, depois de tudo já estar esclarecido.....Pode?
Jorge Pereira Filho - 18/10/2011
Enquanto na Argentina, no Uruguai etc. os militares assassinos vão pra cadeia, aqui o Cabo Anselmo pede indenização. Esse sujeito, que condenou a namorada grávida à morte, é o símbolo moral de uma elite civil-militar que ainda segue impune. Até quando?
Ricardo Carvalho - 18/10/2011
Grande Urariano, aqui te encontro no meu site de cabeceira. Tens lugar cativo na CM.
Fátima - 18/10/2011
Eu também acordo à noite e tento entender comportamentos tão malévolos, mas não consigo, não durmo, não perdoo.
José Carlos - 18/10/2011
Posso afirmar do fundo do coraçao que sempre teremos Soledad´s Viedma´s, Anita´s Garibaldi´s, Ana´s Nery´s, e tantas outras que teremos pedir que, do fruto de seus ventres, nasçam seres humanos que não envergonhem mais a nossa raça. Assim como houve Rudolf Eichman, Mengele, Emílio Garrastazu Médici et caterva, também haverá outras Soledad Barrett Viedma, não se enganem. É por isso que sobrevivemos há tanto tempo em meio há tanta miséria. Sempre haverá Soledad Barrett Viedma´s
Adrico Mora - 18/10/2011
Con el permiso de Uds., enlacé por diferentes medios virtuales para su divulgación, agregando lo siguiente: "Este es un homenaje de los compañeros brasileños a un de los íconos de la lucha por la redención. Es un homenaje a una luchadora latinoamericana, a una luchadora paraguaya, a una luchadora internacionalista, participante de los procesos de liberación nacional de Uruguay, Brasil, que deambuló militando igualmente en Argentina y Chile, y como no Paraguay. "Esta heroica y hermosa paraguaya nieta del gran Rafael Barrett, quien ya en su temprana juventud le fue tallada vilmente sobre su piel la cruz esvástica hitleriana por parte de las huestes reaccionarias 'juveniles' (si es que algo tienen de jóvenes) para amedrentarla. Es ella sí, la que tiene como tríste merito ser la víctima de una infame historia, traicionada y asesinada mientras estaba embarazada por su propia pareja (cucaracha como las que abundan en la contrarrevolución): el cabo Anselmo. "Figura emblemática de la resistencia y lucha por la liberación (la segunda independencia de nuestros pueblos), destacada y reconocidísima mártir en Uruguay y Brasil (e incluso en otros países más), en cambio, desconocida en su propia tierra, luego del oscurantismo y de ser su pueblo diezmado y empobrecido miserablemente en sus memorias y riquezas heroicas por el más ignorante conservadurismo que aún rige, en nuestro querido Paraguay. "Pareciera como que desde sus cenizas recomenzara otra de sus luchas, esta vez para devolver la memoria historica y la justicia 'sin olvido ni perdón' para los pusilánimes resonsables del atraso que hoy sufren nuestras sociedades, prohijados en su tiempo por el imperialismo. 'Realmente emociona y duele que en el extranjero puedan ser más conocidos y reconocidos nuestros propios clásicos y también contemporáneos próceres, héroes y mártires. Es otro más de los infámes legados de la inmundicia legada por décadas de ostracismo. No importa, pues ya casi proféticamente lo había adelantado otro grande de nuestra historia que no necesita (por suerte hoy) ni mención: 'ya vendrán otras generaciones'. Para esos actuales y futuros jóvenes que necesariamente vendrán, este homenaje que no es ni tan foráneo, sino de compatriotas de la "patria grande", para recomenzar a apreciar nuestros grandes compañeros y valores que otrora y siempre supimos tener. Con la más sublime emoción: ¡Hasta siempre Soledad Barrett!. "http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18721" Desde Paraguay...
Júlio Garcia - 18/10/2011
Prezados, notei que a foto da companheira Sônia Angel (que por engano, certamente, tinha sido colocada na matéria) já foi retirada e colocada no local a foto da Soledad. Mais uma vez, cumprimentos pela excelente postagem (com base na obra do Uraniano) que resgata um pouco da verdade histórica escamoteada pela direita e seus aliados midiáticos.
Ivo Bogdan - 18/10/2011
Meu Deus para que tanta maldade. Maldita revolução que envergonha a nossa história de um povo bom, pacífico e ordeiro, constituídos na maioria de imigrantes fugidos das guerras e atrocidades na Europa e escravos africanos e mesmo imigrantes. Calados somos pela falta de coragem de enfrentarmos a Revolução e benditos os mártires deste mesmo episódio vergonhoso. Que Deus perdoe os homens covardes da Revolução
anibal jr - 18/10/2011
Chorando, penso no que estaria faltando para que covardias (lembro o episódio Vargas/Hitler Prestes/ Olga)como essas não mais ocorrecem.
Alice Rabelo Casasanta - 17/10/2011
Haveria chance do lançamento de Soledad do Recife em Belo Horizonte? Urariano Motta é tão brilhante que conhece-lo pessoalmente seria ótimo! Aguardo, Alice
Júlio Garcia - 17/10/2011
Prezados, cumprimentos pela matéria. Os torturadores e mandantes são odiosos, os traidores (como Anselmo), muito mais. Só uma correção: salvo engano, a companheira da foto é a santiaguense Sônia Maria de Moraes Angel Jones, da ALN, morta sob tortura em São Paulo, em 1973.
Marcos - 17/10/2011
Não nos esqueçamos também da terrível morte de Elvira Cupelo Colônio. Guerra suja!!!!
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