Salvador-Bahia, 09/08/2012
EDUCAÇÃO
DE EXCELÊNCIA: ESCOLA PARQUE E CLASSES, SALVADOR-BAHIA
“A HISTÓRIA DE Anísio Teixeira, e todo o seu movimento para a
concretização das suas ideias, constitui um verdadeiro exemplo para a
humanidade e para os educadores. Praticava a reflexão pela ação, construindo,
na prática, toda uma filosofia que deixou profundas marcas e grandes contribuições
para a civilização, em todos os postos ocupados na área de educação”.
Centro Educacional Carneiro Ribeiro ou Escola Parque.
“Com o advento do golpe militar de
1964, a luta pela escola pública sofre um duro revés, que se aprofunda cada vez
mais, até os dias atuais, passando até mesmo dos limites que a própria Igreja
esperava não ver ultrapassados. A
derrota dos interesses populares faz com que o Plano Nacional de Educação, de
1962, obra meticulosamente construída, passo a passo, por Anísio Teixeira,
seja interrompido, logo após a estreia,
no ano de 1963. Uma vez mais, e agora
definitivamente, Anísio é afastado da educação em consequência da situação
política, como que a provar que sua trajetória de educador é incompatível com
os regimes de exceção. Aposentado compulsoriamente do serviço público, em abril
de 1964, é submetido a um inquérito policial militar, mas nada consegue ser
provado contra ele”.
— João Augusto de Lima Rocha [2]
No último dia 12, Anísio Teixeira, um filho de
Caitité – Bahia, estaria fazendo 96 anos. A Escola Parque, por ele idealizada e construída com a ajuda de Diógenes Rebouças,
preparou-se para comemorar a sua festa.
Não poderia ser diferente. Era como se ele
estivesse lá. Vivo. Presente. Repetindo entre professores, alunos e
funcionários seus discursos meio estranhos: “… tudo isso soa como algo de
estapafúrdio e de visionário. Na realidade, estapafúrdios e visionários são os
que julgam que se pode formar uma nação pelo modo que estamos destruindo a
nossa”, disse ele naquele lugar, em 1950, inaugurando a primeira parte do
Complexo Carneiro Ribeiro, frente ao então Governador Octávio Mangabeira.
Por um defeito inexplicável de minha formação,
eu nunca tinha ido à Escola Parque. Vejo pela primeira vez os 42 mil m² de área
verde com teatro, biblioteca, oficinas, padaria, salão de beleza, campos de
esportes, hortas, banheiros, setor de serviços … Uma área monumental. Um projeto
arrojado e provocante, incrustado numa região pobre da cidade.
Aberto por concepção arquitetônica e sólido na
busca de “peparar os filhos para o nosso tempo.” Originalmente previsto para
4.000 alunos, o Centro abriga atualmente cerca de 8.000 crianças que nem se
abalam quando recebem um grupo de alunos e professores da UFBA. A vida alí
continua normal, mesmo com a presença destes estranhos, porque
fundamentalmente, alí existe vida. Não se faz de conta que se está vivendo e,
muito menos, de que se está estudando e aprendendo. Cada grupo desenvolve os
seus trabalhos, o seu lazer. E nós, estupefatos, visitamos este complexo cheio
de vida.
Recuperando o meu tempo perdido, caminhando
por aquelas árvores, prédios, professores, jovens e adolescentes, fico pensando
em nosso grupo de pesquisa na Faculdade de Educação da UFBA. Lembro que
procuramos desesperadamente colegas da Faculdade de Arquitetura que queiram
investigar conosco um pouco mais a relação da arquitetura com a educação,
pensando com a gente como deverá ser o espaço escolar no novo milênio. Um
milênio cuja característica básica é a presença generalizada das imagens e das
informações. São as redes telemáticas, computadores, Internet, vídeos, TVs
interativas chegando nas escolas e transformando-as profundamente… Pensamos
muito. Imaginamos as mudanças necessárias nos espaços físico das escolas. O
papel dos professores … Olhamos par a a frente, como sempre nos induz estas
novas tecnologias. E, num simples dia de julho de 96, visitando pela primeira
vez a Escola Parque de Anísio Teixeira, começo a perceber que, de fato, eu
estava vivendo, ali, a tal escola do futuro que tanto idealizamos. Feita as
devidas atualizações temporais, pude tranquilamente concluir que a escola do
novo milênio foi criada em 1950, por Anísio Teixeira, e está na Caixa d’Água, em Salvador, Bahia!
Revendo a frase que abre este artigo, dita
pela futura arquiteta quando terminou sua pesquisa na Escola Parque, só me
restou pensar em voz alta: “se eu conhecesse antes a Escola Parque…
teria feito também Arquitetura…”
NUPA - ESCOLA PARQUE - Vídeo
"12 DE JULHO, ANIVERSÁRIO DE ANÍSIO TEIXEIRA".
http://www.youtube.com/watch?v=SVZiU7XX3AM
Anísio Teixeira (1/2) - De Lá Pra Cá -
19/09/10
Anísio Teixeira é o maior educador do Brasil. Ele é
um dos responsáveis pelo ensino público e gratuito para todos os brasileiros -
das primeiras letras à universidade. Acreditava na educação como instrumento e
fonte inspiradora da Democracia. Orientou inúmeros projetos, criou escolas revolucionárias
e foi o primeiro reitor da UNB. Mas apesar do grande patriotismo e espirito
publico, sofreu perseguições políticas e teve de se exilar duas vezes; primeiro
no Estado Novo, depois durante a Ditadura Militar. Participam do programa o
presidente da Academia de Letras da Bahia Edivaldo Boaventura, a professora da
História da Educação Ana Waleska, a doutora em Pedagogia Maria Cristina Leal e
o cineasta João Jardim.
http://www.youtube.com/watch?v=XJ8grJfYKZU&feature=related
Anísio Teixeira (2/2) - De Lá Pra Cá -
19/09/10
Anísio Teixeira é o maior educador do Brasil. Ele é
um dos responsáveis pelo ensino público e gratuito para todos os brasileiros -
das primeiras letras à universidade. Acreditava na educação como instrumento e
fonte inspiradora da Democracia. Orientou inúmeros projetos, criou escolas
revolucionárias e foi o primeiro reitor da UNB. Mas apesar do grande
patriotismo e espirito publico, sofreu perseguições políticas e teve de se
exilar duas vezes; primeiro no Estado Novo, depois durante a Ditadura Militar.
Participam do programa o presidente da Academia de Letras da Bahia Edivaldo
Boaventura, a professora da História da Educação Ana Waleska, a doutora em Pedagogia
Maria Cristina Leal e o cineasta João Jardim.
ACM NETO
AGOSTO/2012
DEPOIMENTO
Foi na Escola Parque e na Escola Educacional Carneiro Ribeiro,
Classe 2 que tive uma educação de ALTÍSSIMA QUALIDADE, EXCELÊNCIA. Estudava o
ensino básico, fundamental na Escola Educacional Carneiro Ribeiro, Classe 2, e
era OBRIGATÓRIO à ida à Escola Parque onde escolhíamos o que tínhamos
inclinação nos esportes. E o prédio da Biblioteca, Música, Trabalho era
obrigatório e tínhamos notas. Era uma maravilha. Tomei gosto por leitura,
poesias e recitações das mesmas de poetas brasileiros e livros basicamente de
brasileiros. E saímos ao longo dos anos do prédio de Trabalho com uma
profissão, fazia ballet clássico e moderno com professores do Teatro Castro
Alves e enfim era o primeiro mundo. Naquele momento eu não tinha a dimensão do
que tudo isto iria representar para mim no futuro e até hoje.
Quem estudou nas Escolas Classes e Parque em Salvador-Bahia o foco
principal era a excelência da educação e o jovem brasileiro.
Depois ele sumiu e ficou Profª Carmen Teixeira administrando o
projeto dele. Nunca mais naquela época soubemos dele.
Em vários estudos e depoimentos com aqui deixo, você ACM Neto verá
o bem maior que você fará ao seu povo na Bahia.
Eu e muitos jovens fomos beneficiados por
este projeto MARAVILHOSO.
Precisamos
sim ACM Neto, de ensino público de excelência, visite a Escola Parque que você
terá uma visão melhor de tudo e espero que tenham conservado o que ele deixou.
Visite uma das Escolas Classes e procure se informar se ainda é possível se ter
reativado o projeto deste brasileiro e baiano NOTÁVEL.
Colocar
alunos em faculdades sem base educacional que é o alicerce de toda a vida é um
crime contra a juventude, contra o país. Esta não era a proposta do Profº.
Anísio Teixeira.
Não
sou contra cotas para afrodescendentes se assim é a Lei mas sou contra e fico
triste por que ainda trabalho e observo a qualidade inferior dos formados pelas
faculdades. Muitos nem dominam o seu idioma mãe. Lamentável. Entram
despreparados nas universidades. Para quê? Objetivos eleitoreiros, ou “maquiar”
o IDH?
02/11/2011 09h07 - Atualizado em 02/11/2011 14h45
Brasil ocupa 84ª posição entre 187
países no IDH 2011
IDH – ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO REALIZADO PELO PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD): EXPECTATIVA DE
VIDA, ESCOLARIDADE, ÍNDICES ECONÔMICOS E ETC...
Estudo de
qualidade de vida voltou a mudar de metodologia neste ano.
Segundo cálculo atualizado, país melhorou UMA posição desde o ano passado.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/11/brasil-ocupa-84-posicao-entre-187-paises-no-idh-2011.html
CONFIRMAR:
Desenvolvimento Humano - IDH
Mas diante do que considero um crime contra a população infanto-juvenil
ocorre uma aberração desta:
08/08/12
- 08h8
Regime de
cotas nas universidades é aprovado no Senado e segue para sanção presidencial.
“NÃO IMPORTA SE APRENDEU O NÃO O
ENSINO FUNDAMENTAL E O MÉDIO. O NEGÓCIO É EMPURRAR!!! AS INTENÇÕES JÁ SABEM. ”,
CRISTINA BENEVIDES
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