sábado, agosto 28, 2010
CANTOR BELO FALA SOBRE CADEIA, DROGAS, TRAIÇÃO...
Ao deixar a cadeia: "Não devo mais nada a ninguém, nem à sociedade. Mas tem muita coisa que ficou no ar".
Desde que foi condenado por tráfico de drogas, em 2002, Belo nunca quis falar sobre isso. Pela primeira vez, o cantor, um dos mais populares do país, abre o jogo e faz revelações surpreendentes, como esta: ‘Sou e sempre fui inocente. Fui preso por tráfico de drogas sem nunca ter sido pego nem sequer ter experimentado qualquer droga’
No dia 15 de março de 2010, Belo recebeu da Justiça um indulto que significa, em outras palavras, um perdão judicial. Desde aquela data, ele, que foi preso em 2002 por envolvimento com o tráfico de drogas, é um homem livre. Na mesma época, recebi uma missão de meus editores: uma entrevista reveladora com Marcelo Pires Vieira, o Belo, sobre toda a sua vida.Era nítido que não havia interesse da parte dele em falar. A gravadora Sony BMG pressionou muito para que a entrevista não fosse realizada. Eles sabiam que iríamos tocar no “delicado assunto”. Aliás, a palavra cadeia soa como um “palavrão” entre aqueles que cercam o pagodeiro. Por isso, me foi imposta uma longa espera. Depois de incontáveis remarcações, a conversa foi agendada para o dia 5 de agosto. Durante mais de duas horas de papo, admito, a entrevista não fluiu. A assessora do cantor interrompeu diversas vezes, principalmente quando falávamos o tal “palavrão”, e o próprio cantor parou o gravador outras tantas para não responder algumas questões. Ele explicava o porquê e continuávamos a conversa.Meu grande concorrente nesta entrevista foi o livro que Belo promete lançar após o carnaval. No fim, não estava satisfeito. Disse isso a ele e pedi um novo encontro. O pagodeiro topou. E, mais uma vez, várias datas foram marcadas, desmarcadas e remarcadas. Para que, finalmente, na última segunda-feira, dia 23, conseguisse a tão aguardada entrevista.
Belo já chegou à churrascaria Pampa Grill, na Barra, fazendo brincadeiras. O clima era outro. E pudemos, felizmente, falar abertamente sobre tudo. Ele admitiu que houve muita traição no fim do namoro com Viviane Araújo, falou da sua relação com as drogas, da vaidade, da falta de amigos, e lembrou do pai e da infância pobre. E é sobre este novo Belo que escrevo a partir de agora.
Preso por associação e tráfico de drogas: cadeia ainda é asunto delicado na vida do cantor.
Achei melhor começar este texto falando logo de Viviane Araújo. No último carnaval, encontrei Belo no camarote da Vila Isabel e ele me puxou num canto e me disse que eu não deveria “dar moral” para quem só aparecia uma vez por ano. Ele referia-se à ex, que é rainha do Salgueiro. “Você tem que dar moral para mim e para a Gracyanne”, disse, na época. A declaração deixa claro que, para Belo, falar de Viviane ainda é um problema.
Recentemente, vendeu a mansão que morava no condomínio Maramar, no Recreio, e teve que dar metade do valor para a ex, que, com o dinheiro, comprou seu primeiro apartamento, onde vive com o jogador de futebol Radamés.
Na entrevista, lembrei a Belo que, em 28 de junho de 2006, durante o relacionamento dele com Viviane, publiquei uma nota que dizia que ela estaria tendo um affair com Radamés. Ela ligou para redação, gritou e desmentiu a nota. A verdade viria à tona um ano depois. Mas Belo não é uma vítima nesta história. Lembrei a ele também que, comentava-se que Gracyanne Barbosa o visitava “intimamente” na cadeia fora dos dias de visita.
— Você vai colocar que (a traição) foi de ambas as partes? —, perguntou Belo: — Então, tá. Houve traição, sim. De ambas as partes.
Gracyanne garante, porém, que nunca pisou na prisão enquanto Belo esteve lá.
— Namorava outra pessoa. Mas ele terminou comigo achando que eu tinha algo com o Belo. Era só amizade —, disse a poderosa Gracyanne.
"Houve traição de ambas as partes (sobre Viviane Araújo)".
Poderosa, sim! Belo só concordou em conversar comigo se Gracyanne estivesse presente. Em todas as fotos, ela tem que estar ao lado do amado e, quem conhece Belo há algum tempo, diz que ele é outra pessoa graças à morena. Se alguém da gravadora quer que ele compareça a algum local em determinada hora, por exemplo, é Gracyanne quem atende o telefone e confirma a presença do amado. Foi ela que fez com que Belo se afastasse de muito “sanguessuga”. Aparentemente ingênua, Gracyanne esconde por trás daqueles músculos uma mulher muito ressabiada
— Não confio em ninguém — diz.
E Belo sabe que está na mão dela:
— Você pode falar o que quiser de mim, que eu não ligo. Mas não fale mal dela, ok?
O que para muitos pode soar como uma ameaça, para mim fica claro que é uma paixão avassaladora que os dois ainda vivem, depois de três anos juntos.
— Transamos todos os dias —, confessa ele, sob o olhar (e o sorriso cúmplice) dela: — Quando recebi o indulto, fiquei dois dias em casa, transando direto com ela.
Belo jura que nunca usou Viagra (ou qualquer outro remédio parecido):
— Meus amigos já usaram, mas eu não. Quando for preciso, vou usar sem nenhum problema.
O sexo sempre esteve muito presente na vida de Belo. Ele perdeu a virgindade aos 11 anos. Isso mesmo: aos 11!
— Tinha fama de muito namorador quando era pequeno. Dos 12 aos 15 namorava 3, 4, 5 meninas ao mesmo tempo. Daí surgiu o meu apelido: ‘Belo’ —, conta.
Foi justamente quando estávamos falando sobre sexo que Belo mandou uma frase bombástica:
— Nunca me relacionei com homens, nunca usei nenhum tipo de droga e nem bebida alcoólica. De resto, já fiz de tudo na vida.
Belo levou alguns segundos até elaborar esta frase porque, segundo ele, foi escrita em seu livro de uma maneira, digamos, mais rude, principalmente quando se refere a sexo com homens.
Mas uma frase dessas não pode passar assim, em brancas nuvens. Custei a acreditar que ele nunca tinha bebido álcool nem sequer experimentado droga.
Vamos por partes. Primeiro, Belo explicou sobre a bebida.
— Meu pai bebia muito, ele morreu de cirrose hepática, aos 57 anos. Era muita pinga. Meu filho tinha acabado de nascer, eu estava com 17 anos. Depois que vi a maneira como ele morreu, decidi não chegar perto de álcool. Não bebo cerveja, nem champanhe no Natal. Os quatro meses finais da vida dele foram uma coisa absurda. A gente tinha que correr com meu pai para o hospital. Ele já não tinha mais fígado. O álcool é terrível — diz.
Depois da explicação da bebida, perguntei se ele nunca se aproximou mesmo de nenhum tipo de droga:
— Nunca usei. Até já me ofereceram algumas vezes, na periferia, nas comunidades. Cresci vendo de tudo um pouco, entendeu? — lembra Belo, parecendo fugir do assunto: — Acho que sou muito mais conhecedor da vida pelas experiências que tive. Fui criado na rua, ficava três, quatro dias fora... Bem cedo comecei a tocar. Ganhei um cavaquinho do meu pai e sempre soube que seria músico. Aí, quando me tornei pai, saí de casa.
O menino que nasceu no humilde bairro da Saúde, em São Paulo, sempre foi muito vaidoso. Graças a seu único irmão, Maurício, três anos mais velho, Belo sempre andou “na moda”.
— Meu irmão já trabalhava e podia comprar roupas caras. E eu usava as peças, mesmo alguns números maiores que o meu — conta.
Com a noiva Gracyanne: fotos só ao lado dela.
O único “problema” de Belo é mesmo falar do período em que ficou atrás das grades, condenado em 2002 por associação e tráfico de drogas. Desde então, jamais havia aceitado falar sobre este episódio em sua vida. Pela primeira vez admitiu que pensou, sim, que sua carreira havia terminado por causa da prisão.
— No primeiro mês, fiquei muito confuso. Estava vivendo no céu e, de um dia para o outro, fui parar num lugar em que nunca imaginei que poderia estar. Pensei: ‘Pô, não vou mais voltar a cantar, acho que vai acabar a minha vida agora.’ — lembra: — Mas aí encontrei forças em Deus e nas minhas fãs. As músicas tocavam desesperadamente nas rádios e não entendia por que o sucesso aumentava.
Aproveitei para esclarecer algumas histórias, como a que Belo cantava para o diretor do presídio:
— Não é verdade.
E regalias na cadeia?
— Também não.
Mas logo depois, admite:
— Todo preso que tem uma condição financeira, que pode melhorar a sua hora de dormir, uma visita íntima, é claro que vai ter. Não é uma regalia...
(Reportagem: Leo Dias/Canal Extra)
9 comentários:
Sobre a traição da Viviane Araujo,o comentario acima diz tudo,tirando essa,quando o Radames morava na Penha,proximo ao IAPI,na hora do futebol,ele recebia varias ligações,mensagens dela,e mostrava pra todo mundo,é a realidade da vida artistica,traição é igual a nota de R$ 2,00.
Abraço
E vou te contar viu esse Belo é um baixo astral e Gracyanne mais ainda pq um homem expor sua vida íntima dessa forma e ela do lado c sorrisinho...Jesus em que mundo estamos, o povo diz até quantas vezes transa na semana, depois abre a boca p dizer q a imprensa fala demais...pq né????RIDÍCULOS, TODOS NESSA HISTÓRIAS SÃO UNS RIDÍCULOS!
OBRIGAÇÂO DELE È ESSA MESMO ,NÂO FAZER APOLOGIA...
QUANTO AOS RELACIONAMENTOS DELE NÂO INTERESSA A NINGUÈM..
APESAR DE HOJE EM DIA SER MODA USAR EESE TIPO DE COISA PRA NOTÌCIA.
ELE TEM UMA VOZ LINDA,E DEUS NÂO DÀ ASA A COBRA.
PELA SUA VOZ,SEU CARISMA,ETC,ETC,...
QUANTO AOS SEUS RELACIONAMENTOS AMOROSOS ,INFELIZMENTE HOJE ISSO INTERESSA MAIS AS PESSOAS DO QUE O TRABALHO DO ARTISTA.
ISSO ACABA FAVORECENDO CERTAS SITUAÇÔES DE ACONTECER..
QUANTO AS DROGAS,BEBIDA,NÂO IMPORTA SE ELE USOU OU NÂO,O CERTO È FAZER COMO ELE FAZ,NÂO FAZER APOLOGIA,POIS ELE È ESPELHO PRA MUITA GAROTADA.