terça-feira, 7 de agosto de 2012

AUTOFLAGELAÇÃO


Autoflagelação

Comemorando o 2º ano do Blog (completados em 13 de Maio de 2012 )



 Na última sexta feira,18/05/2012 às 19h a psicóloga Bruna Picorelli CRP 05/39340 gestalt-terapeuta em formação,monitora do curso de formação em gestalt-terapia do Contato (núcleo de gestalt-terapia) palestrou no núcleo Contato na Barra da Tijuca Rio de Janeiro, o tema : " O que estou fazendo ? Uma revisão das  questões emocionais da autoflagelação".

 Em sua fala,a palestrante apresentou várias características comuns de quem sofre desse mal como: isolamento social,baixa auto estima,histórico de abuso sexual,necessidade de dessensibilização (pois no abuso sexual  fingia sair do corpo para não sentir prazer..... apreende isso como forma de "não estar ali"),perda da identidade ..... não entende onde sou eu e onde é o mundo externo (realidade psíquica e realidade externa) oque pode ocasionar confusão de identidade sexual.... não se encontra como hétero,bi ou homossexual,transtornos alimentares como bulimia,anorexia e obesidade e pessimismo " para que estudar,pensar em futuro se nada dará certo pra mim ". Uma de suas clientes foca que quando criança (1ª infância) os primos tinham acesso a sobremesas enquanto ela "Não merecia por ter se comportado mal" .e em muitos casos também o suicídio (ou tentativa) de alguém próximo é fato no histórico familiar.
 Em relatos da própria cliente a terapeuta vê muito claramente que o ato de se automutilar é um ato desesperado para mostrar oque sente já que não consegue falar. também  é como se a cliente entendesse da seguinte forma : " Não consigo evitar que outras pessoas me machuquem,pois isso foge ao meu controle,e não sei como curar a dor emocional.... chorar não me trás alívio,então quando me corto a dor é passageira...  extravazo a raiva e a frustração,deixo quem me magoou culpado e a ferida física curo com bandaid.... até porque se cortar libera endorfina no organismo... o que dá uma sensação de  bem estar e também é uma forma q eu me machuco e eu me curo... só depende de mim,e isso posso controlar sozinha sem expor oque realmente sinto". e que o ato de se cortar por exemplo é um ato desesperado de mostrar no corpo como estou me sentindo,é dizer sem palavras "Estou ferida,sangrando,não está me vendo ? estou me cortando,não percebeu ?? " 

 Segundo Picorelli é comum a esse tipo de cliente ter agressividade e doçura muito polarizados. agressividade para ela e doçura para o mundo.e é necessário trabalhar ambos os aspectos. Ao mundo sua doçura o impede de  dizer por exemplo  " Não gostei do que vc disse... me machucou ! " ao contrário disto,se escondem e se mutilam para se vingar de quem as feriu,para causar culpa no outro. escondendo e posteriormente ,quando lhe for conveniente mostrando as cicatrizes,como um jogo de manipulação. mostra as ferias coo se dissesse: "Fiz isso pq ontem vc me feriu,viu oq fez ?? " . eles não conseguem realmente verbalizar oque sentem,ou nem sabe oque de fato sentem,tem medo de se expor,ou mesmo acreditam que ninguém vai se importar porque na correria do dia-a-dia todos estão ocupados demais para a perceberem .

 Picorelli ressalta que  o tratamento é bem lento.... mas produtivo,pois antes o cliente se automutilava em total alienação de si (processo automatizado sem pensar no que se quer,apenas comete o ato por repetição) e depois da terapia os espaços entre uma mutilação e outra aumentam e o cliente mesmo cometendo o ato já pensa por poucos minutos e entende que tem outras opções.....

 Em situações mais "leves" a terapia ajuda no auto conhecimento e é eficaz.... em casos mais complexos é aconselhável o auxílio de um psiquiatra com ajuda de antidepressivos,pois o autoflagelo pode chegar à tentativa (ou ao ato consumado) de suicídio consciente ou até mesmo por acidente.

corriqueiramente esse tipo de cliente busca situações de perigo como o sexo promíscuo pois necessita sentir dor para se sentirem vivas ... no contrário é um imenso vazio e a dor é melhor que nada. Geralmente esses casos de autoflagelo acontecem na 1ª infância com mordidas,bater a cabeça na parede,se beliscar,arrancar os cabelos quando frustrado e volta na adolescência....

quando não tratado permanece na fase adulta mais com novos tipos de flagelo como num relacionamento destrutivo (seja de amizade,profissional ou amoroso) que cause submissão,humilhação,violência física ou psiquíca,ciúme paranóico... pois aprendeu a sentir dor para se sentir viva,e o ciúme ou a violência do outro é forma de amor.... ou ainda acredita que "Ele (a) me bate porque mereço"

 Clientes  que pensam assim tem dificuldade nos relacionamentos interpessoais pois acreditam que todos usam máscaras...Um bom caminho seria trabalhar a relação terapeuta-cliente para mostrar que nem todos usam máscaras e ganhar a confiança do cliente e assim fazer com q o mesmo consiga falar oque sente e também trabalhar o corpo,para ter de volta o prazer na sensibilização como massagem,trabalhos manuais com argila etc .... mas que a aceitação é bastante difícil por parte dos clientes. Também é possível pedir ao cliente que ainda tenha dificuldade de falar que traga à terapia textos,poemas,desenhos,sonhos ou músicas com as quais se identifica e através  destes dados entender a mensagem que ele quer passar como forma de expressar oque sente.

 Por fim, após conseguir compreender seus motivos,seus sentimentos lentamente é importante mostrar ao cliente sua responsabilidade sobre seus atos, que se autoflagelar é decisão dela e de mais ninguém.e não é se vitimizando e jogando a culpa no outro que resolverá conflitos existenciais ou mesmo de relacionamentos. que todos sentimos dor e que a dor (mesmo emocional e por pior que seja) passa assim como a dor física. 

Assim, se fazer entender que ao contrário da mutilação que quando passa a dor física deixam marcas,uma vez chegando ao fundo dos motivos pelos quais entende-se a dor como saída,a dor emocional vai passar e não deixará marcas.... somente o alivío de ter se encontrado e amadurecido.
que oque realmente se buscava é desesperadamente ser amado e aceito incondicionalmente,mas esse sentimento precisa partir primeiro de si próprio. não se pode esperar de outras pessoas um amor q nem eu mesmo tenho por mim .



*na foto meu anjo Wagner Luis SEMPRE a meu lado♥


http://sheilaribeiropsicologia.blogspot.com.br/2012/05/autoflagelacao.html
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